O Queijo Serra da Estrela (DOP – Denominação de Origem Protegida) São Gião, produzido na Quinta do Tinte, em Santiago, Seia, obteve o 2.º prémio num concurso de queijos realizado em Espanha, na zona de Mérida.
No concurso que decorreu no mês passado, durante a “II Cata de Tortas Hispanolusas - Expobarros 2009”, em Villafranca de los Barros (Espanha), onde também participaram queijos de Serpa e de Azeitão, o primeiro prémio foi atribuído ao queijo espanhol El Jardín de la SAT Cabanillas Rodríguez, de Castuera.
Pedro Gomes Freire, sócio-gerente da Sociedade Agro-Pecuária do Vale de Seia, Lda., que fabrica o queijo que ficou premiado em 2.º lugar, disse ao Jornal A Guarda que a distinção obtida “é muito importante” para a empresa. “Já tivemos vários prémios mundiais ganhos em Londres e nos Estados Unidos da América”, disse, referindo que o prémio espanhol vem reforçar que o queijo de São Gião “é um óptimo produto”.
A distinção “é importante para nós, é um bom reconhecimento e uma boa forma de termos o nosso produto reconhecido internacionalmente”, admitiu o responsável, acrescentando que também contribui para o aumento da comercialização do queijo no país vizinho. “Já lá estamos presentes e contamos que venha a ser uma boa forma de divulgação do São Gião e que possa trazer mais mercado para ele”. O Queijo Serra da Estrela São Gião é um produto DOP, “é o queijo certificado, que garante a genuinidade do produto”, assegura Pedro Gomes Freire.
Queijo produzido com leite
de ovelha Bordaleira
Na Quinta de São Gião, pastam diariamente cerca de 300 ovelhas da raça Bordaleira Serra da Estrela que fornecem a matéria-prima essencial ao fabrico deste queijo que também é produzido e maturado naquela propriedade.
De acordo com o sócio-gerente da Sociedade Agro-Pecuária do Vale de Seia, Lda., são produzidas anualmente “cerca de 10 toneladas de queijo por campanha, ou seja, de Setembro a Junho”.
A produção é assegurada por 7 pessoas, que trabalham na agricultura e na queijaria.
O queijo de São Gião é vendido na própria unidade de fabrico, no El Corte Inglês, em charcutarias, lojas gurmet e em lojas especializadas, adiantou aquele responsável. Contou que “cerca de 15 a 20% da sua produção” é vendida no Brasil e a empresa também comercializa os queijos em Espanha e França.
Pedro Gomes Freire admitiu ao Jornal A Guarda, que apesar de 2009 ter sido um ano de crise “não deixámos de vender toda a produção”.
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