O Dia Mundial do Teatro foi celebrado pelo Teatro das Beiras, em conjunto com o Município de Seia, com o espectáculo “A Neve”, uma adaptação e encenação de José Carretas do livro “Contos” de Vergílio Ferreira.
O espectáculo apresentado em 27 de Março, na Casa Municipal de Cultura de Seia, foi de comemoração, também para o Teatro das Beiras que recebeu o espectador 200.000. Este espectador terá honras de convidado na próxima produção da Companhia, a peça “Ay Carmela!” de José Sanchis Sinisterra, com estreia a 15 de Abril, pelas 21:30, no Auditório do Teatro das Beiras.
“Ay Carmela!” com encenação de Gil Salgueiro Nave, conta com a interpretação de Fernando Landeira e Sónia Botelho. “Ay, Carmela!”, é hoje um texto teatral que ganhou foros de referência obrigatória quando tratamos de abordar a criação dramatúrgica dos finais do Séc. XX. Com edições traduzidas para inúmeros idiomas (alemão, francês, grego, inglês, sueco, turco, entre outros), este texto tem dado origem a um conjunto indistinto de criações teatrais um pouco por todo o mundo.
Situando a acção num contexto de confronto de carácter político e ideológico, num momento particularmente difícil para a história da humanidade, “Ay, Carmela!”, propõe-nos uma reflexão sobre questões e temas absolutamente intemporais.
A condição da arte e dos seus protagonistas perante as circunstâncias envolventes do poder. A ética dos valores não discricionários, a cultura democrática das sociedades contemporâneas, os movimentos sociais, têm em “Ay, Carmela!”, um desafio à memória como exercício de fecunda aprendizagem.
Perdidos numa noite de nevoeiro e fome, dois anónimos “artistas de variedades”, caem em território “inimigo”. Aí, em troca da “liberdade”, são obrigados a apresentar o seu espectáculo às tropas vencedoras e aos prisioneiros vencidos. Que fazer à representação para “sobreviver” em tão díspar plateia? Como resistir ou ceder sem abalar a dignidade?
José Sanchis Sinisterra na indagação pelos territórios obscuros da teatralidade, dos seus limites e fronteiras, organiza um “material cénico” desafiador da sensibilidade e inteligência dos espectadores.
Ficha técnica:
Encenação: Gil Salgueiro Nave | Interpretação: Fernando Landeira e Sónia Botelho | Cenografia e Figurinos: Luís Mouro | Desenho de Luz:Vasco Mósa
O Pinhas esteve lá. Foi simplesmente FUN TÁSTICO!
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